quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A dieta dos políticos de Brasília



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Editora Globo (Foto: Editora Globo)

"É como uma universidade de magro.”
 
Quem diz é Moema Soares, diretora executiva do método Ravenna no Brasil, responsável por trazer ao país as três clínicas importadas de Buenos Aires. O método, inventado pelo médico e terapeuta argentino Máximo Ravenna e autointitulado “tratamento multidisciplinar de emagrecimento”, chegou por aqui em 2009, com a primeira clínica em Salvador. Depois veio a de São Paulo, em 2010, e em 2012 foi a vez da capital federal receber a sua Ravenna. Uma paciente ilustre deste último endereço foi a responsável pela nova onda de interesse na dieta dos hermanos. Recentemente, a presidente Dilma Rousseff admitiu ter perdido 6 quilos seguindo o método. Foi o suficiente para os homens irem atrás da fórmula argentina.
 
Editora Globo (Foto: Editora Globo)

O que promete
Eliminação de 7% a 10% do peso ao mês, para os homens. Para alguém com 120 quilos isso significa eliminar entre 37 e 50 quilos em seis meses, prazo máximo estimado pela clínica para que os pacientes alcancem a meta de peso. O tempo mínimo é de quatro meses. Eles garantem que o emagrecimento acontece de forma saudável, efetiva e duradoura.
 
A dieta
São apenas quatro refeições diárias, os carboidratos refinados (pão, macarrão e arroz branco, biscoito etc.) são proibidos; bebidas alcoólicas e açúcar também ficam de fora. São liberados, em pequenas medidas, alimentos com baixo índice glicêmico, entre frutas, verduras, legumes e proteínas (veja no quadro abaixo). Os pratos principais são precedidos por caldo quente e salada e seguidos de fruta ou gelatina e café. A primeira etapa consiste em cortes de caloria e alimentos, atividade física e reuniões com grupos de apoio terapêutico, para atingir o peso ideal; na segunda fase, chamada de transição, alguns alimentos proibidos voltam ao prato aos poucos; a terceira e quarta etapa são de manutenção através de alimentação balanceada e exames periódicos. “A ideia é que ao final a pessoa entenda que pode comer de tudo, mas não tudo”, explica Moema.
 
Como
Através de quatro pilares: apoio médico, nutricional, psicológico e de atividade física. O paciente que chega a uma unidade Ravenna passa por esses quatro especialistas antes mesmo de pensar em calorias. Ele realiza uma bateria de exames clínicos e de porcentagem de gordura, além de passar por uma avaliação psicológica para verificar possíveis fatores que levaram à obesidade ou que dificultam o emagrecimento. Desses dados sairá o plano de ação.
 
Mas só tem vantagem?
Não. “Jejuns prolongados (mais de três horas e meia) podem provocar aumento de gordura abdominal e risco de diabetes”, alerta a nutricionista funcional Andrea Santa Rosa. Outro ponto contra: seis meses de privação de tantos alimentos podem causar deficiência de minerais, além de levar à loucura. É bastante provável que você fique tentado a abandonar o processo e, caso
vá até o fim, é ainda menos possível que mantenha os hábitos para a vida.
 
Escolha pelo índice glicêmico
Alimentos com baixo IG (até 55):
• cenoura crua (16) • brócolis (20)
• cogumelo (20)
• pepino (20)
• tomate (20)
• abobrinha (20)
• iogurte light (20)
• pera (54)
• maçã (52)
Quanto custa?*
Módulo de ingresso R$ 800
Pacote mensal R$ 1.900
Quem chega à etapa de transição recebe um desconto na mensalidade.

Aqueles que desejam fazer as refeições no restaurante da própria clínica (com comida “saborosa sem ser excessivamente prazerosa”, de acordo com Moema), desembolsam um valor extra por refeição.
*Valores aproximados, fornecidos pela diretora executiva do método Ravenna no Brasil, Moema Soares.

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